13 de novembro de 2006

Máscara


Só mais um "pra sempre" que vai se acabar... Insônia, insônia, insônia...


Dê-nos tempo para pormos a máscara.
Perdidos que estamos nas esquinas do medo.
Dê-nos um barco, um leme e uma bússola,
E partiremos de manhã cedo.

Temos um sol quente,
Um céu azul forte,
Fomos ao mar largo.
Abrimos o pano todo ao vento norte.

Queremos um quarto forrado de espelhos
Para mirarmos a nossa nudez,
Corremos o risco de chegarmos a velhos,
Sem nunca sabermos da loucura a lucidez

Sabemos do beijo que roça a carícia,
Sabemos da caixa que guarda os segredos,
Sabemos da vida, fingida, a malícia.
Tocamos na lua com a ponta dos dedos

Conheço a brecha aberta do meu coração.
Vamos fingir que acabou e ir cada um para seu lado.
Vamos fingir que não doeu e dar risadas.
Vamos brincar de maldito "te amo".

Os dados continuam sobre a mesa
Jogue-os no chão e saia correndo
Esse jogo pra mim agora acabou.
Já dizia a canção: "Viver é melhor que sonhar...”


"Mesmo que chegue o momento que eu não esteja mais aqui e os meus ossos virem adubo, você pode me encontrar no avesso de uma dor"

26 de outubro de 2006

Pé perante pé


Como notaram Lay novo, que eu ainda não sei se gostei. Muita saudade, alguns medos que insistem em permanecer, insônia. Blábláblá... Ou Post do dia... Desculpe a demora!


Pé perante pé...
Chego-me a qualquer punhado de palavras.
Pudesse ser ela minha!
Mas, sequer, o meu evocado ouve!

Deixo…
Pingar um último pedaço de sonho.

Deixo...
Rasgar-se uma nesga de sorriso.

Deixo...
Que caia como chuva, este pranto.

Pé perante pé...
Cruzar despercebida por mim,
Olhando estas mãos,
Que outrora desfiaram tantas letras!

E,
Enquanto, pé perante pé,
Vou passando por um passado,
Pelas passadas,
(Palavras)
Pisadas,
(Escritas)
Por mim,
Eu penso:
Como eu fui tanto!
Fui tudo!

Hoje?
Sou hiato,
Sou da máscara mero pedaço,
Sou dum quase nada, um quase fim!


"Pelo poder da verdade, eu, enquanto vivo, conquistei o universo"

18 de outubro de 2006

Saudades...



"A esperança equilibrista sabe que o show de todo artista tem que
continuar"



Hoje eu não queria escrever,
porém precisava. Não queria que fosse triste. Não queria permanecer distante da minha melhor metade. Não queria descobrir medos novos, mas os achei... Queria descobrir forças novas, mas não as acho. Queria... Queria... Queria... Queria saber voar....


Chega de escrever por hoje...


...


“Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de ascender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá”

(Miedo - Pedro Guerra/Lenine/Robney Assi)



Nada mais a declarar...

11 de setembro de 2006

Isso aqui anda as moscas, aranhas e baratas, sem contar que ainda não terminei de fazer as alterações que eu queria. Ainda tem muita cor que tem de ser mudada, alguns links e blogs a serem colocados, vários comentários a serem respondidos e muita falta de coragem e inspiração para ficar postando mais frequentemente. Bom, por enquanto é só. Aos meus leitores assíduos... Desculpas!


Sentado ao luar a escrever...
Nas mãos trazia comigo alguns poemas,
Esquemas de vida,
O mapa para o céu,
O caminho para Deus.
No chão uma pequena faca,
Uma taça de vinho e
Uma fogueira.
Na cabeça um pensamento e
Lembranças de tempos não muito distantes.
Para a morte foi um segundo
E não estava mais lá
O poeta se perdia
Com um sopro e um sussurro.
As lágrimas soltas
Nunca chegaram ao chão.
Entre espinhos e arbustos
Encontro-me no enlaço do mundo
Procurando entender
O por quê do ´vir a existir´,
O por quê das coisas vãs
De que necessito prover.
Entre dias turbulentos
Procuro um aconchego
Onde posso encontrar consolo
De toda mágoa absorvida.
Entre dias calmos e brandos
Entendo porém a razão do tal existir,
De desfrutar as coisas simples
Mas que no seu ínterim
Nos fazem renovar...
Ou seria o contrário?
Não sei e não mais importa.
Sigo em frente
Insistente,
Carente,
Pois a vida inside sobre nós
Neste mundo de ilusão!


"O som dos dias que distanciam a nossa melhor metade, que vão ficando de lado pelo medo de não dormir."

18 de julho de 2006


Perdemos a chance de amar e sermos amados por medo. Esquecemos que um amor perdido jamais nos voltará e que a pior coisa no mundo é viver sem um amor...

Aos meus pensamentos que voam.
Dos simples
Ao que é família,
Sangue,
Sintonia.
Ao que é escolhido
Pelo coração.
Aos que eu surgi,
Aos que me fizeram surgir.
Do pouco que vivi,
Ao muito que eu quero viver.
Porém ainda a fonte vaga do "X",
Sem saber seu significado...

As coisas que realizamos, nunca são tão belas quanto às que sonhamos.

9 de julho de 2006


Achei que pra chegar ao paraíso só precisa de minhas pernas e vontade de viver...
Contando as horas e os passos.
Espero-te chegar.
Faz frio.
Os sons que escuto
Acalmam as ouvidos
Mais não a alma.
Endureço sem quebrar.
Já estou com o pé na estrada.
Nada será como antes.
Junto com o perdão
E o fim,
Trago a cor
Das pétalas de flores.
Procuro o perdão do silêncio,
Mas esse nunca o conseguirei,
Talvez porque minha mente
Não o queira
Com força suficiente
Para o universo
Concretizar.
O que dizer?
Apenas Te Amo
E não há como explicar.
Venho tentando fazer vale a pena,
Por favor,
Não quebre a corrente
Tente não me decepcionar.
"Eu tenho certeza, a nossa história não termina agora"
Estamos sós,
E no começo... Contando as horas e os passos.



"O amor nem sempre é uma linha reta"



6 de julho de 2006


Como o poeta disse um dia: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”
.
Às vezes não há como fugir ou evitar, não há nada nem ninguém capaz de mudar ou impedir as surpresas preparadas pelo destino!
Às Vezes..
Encontrar,
Desencontrar,
Saber,
Ver,
Conhecer,
Beijar,
Rir,
Chorar,
Namorar,
Ligar,
Abraçar,
Amar,
Odiar,
Ir,
Voltar,
Ser feliz...
São 'detalhes' simplesmente inevitáveis!!!


Faça valer a pena sempre...
Eu venho tentando fazer...



"A gente corre, corre, corre, mas o bom mesmo é ficar parado..."

16 de junho de 2006

Já estou trabalhando no novo modelo pra esse blog... Não tenho muito a dizer hoje. O post não tem nada a ver com o que estou sentido agora... É uma poesia antiga, e não tenho nada mais a dizer... Bom Fim de Semana...


E outra vez o frio
Desalento do só...


O espectro do desamor,
O jardim crestado,
O olhar parado,
O coração cansado.

E outra vez o frio
Desalento do só...

O mundo vazio,
Vela sem pavio,
Perfil esguio,
Vítima do fastio.

E outra vez o frio
Desalento do só...

Fuga da verdade,
Cabeça na areia
Escondendo a feia
Chaga da maldade.

E outra vez o frio
Desalento do só...

Os braços em cruz,
Parede de alvaiade,
Infame avestruz,
Monstrengo saudade.

E outra vez o frio
Desalento do só...

Passos sem rumo,
Nuvens de fumo,
De novo assumo
Um ego falso.

E outra vez o frio
Desalento do só...

É meu desvario,
Meu cadafalso
Neste tão desolado
Monte sem sentimento.

Só resta este frio
Desalento do só...

26 de maio de 2006

Sem muito a dizer. Os cacos dos vacilos e das palavras mal ditas ainda doem...





Regresso ao teu coração
Chego desiludida
De alma nas mãos
E mochila às costas.

Deixei-me levar
Pelos encantos de Douro
Rejeitando qualquer aviso
Despi-me de inseguranças
E não fui à escolhida.

Volto a ti
"Menina e moça"
Às tuas ruelas antigas
À confusão das cores
Ao teu anoitecer sombrio.

Não esperarei ninguém
Ao voltar a casa
E os sentimentos
Guardá-los-ei em mim
A partilha faz-se em silêncio.

E volto a ti
Vendo-me em teus braços.

18 de maio de 2006

ice girl

Muitas provas, muitas festas, alguns problemas e nenhuma responsabilidade e consideração pelas pessoas que perdem o seu tempo vindo aqui ler as asneira que eu escrevo. Desculpem-me. Fiz uma promessa sem prometer no post anterior. Desculpem-me. Não estou mais a fim de falar. Desculpas, desculpas e desculpa. Pronto. Vamos ao post do dias que já deveria está aqui à dias...

Com colaboração de Fernanda Lizardo (não sabe quem é?! Ta, um dia talvez eu a apresente direito). Ice Girl, a história das pessoas que por ventura insistem em passar na minha vida e deixar uma grande bagunça e confusão de sentido. Como se eu precisasse de alguém pra fazer isso por mim.

Ah, antes do post, me deixa falar só uma coisinha que havia me esquecido. Alguém já ouviu falar em psicose maníaco-depressivo? Não? No próximo post eu explico o que é. Nesse eu só digo uma coisa, acho que tenho esse transtorno. Estava eu estudando pra uma prova da faculdade e... Opa! Post que vem eu conto, esse já está grande de mais...



Você a quer,
você a quer muito!
Mas ela está longe,
distante,
com os olhos vidrados em lugar nenhum.
Pele de seda,
movimentos sutis,
beleza quase inatingível.
E aquela sensação
de que a mente esconde
mais mistérios do que os que são possíveis de se decifrar.

O que tem essa garota de tão especial?
Simples.
Ela é uma ice girl.
Sua aparência remete ao gelo,
estática,
pele polar,
lábios marcados pelo frio,
mas um frio gostoso,
que você quer sentir de todas as maneiras.

Só que ela parece não se dar conta disso.
Está num pedestal,
pernas levemente arqueadas,
pés seguros,
pálpebras sutilmente borradas,
detalhes,
linda.

E o que ela tem a dizer?
Muito!
Até demais.
É segura,
não dosa as loucuras soltas pela língua,
não dissimula,
desfaz pensamentos,
destila o sexo,
a cultura,
o rock,
as letras,
e a bebida
que pode ser sorvida levemente
ou em goles homéricos e destemidos.

Como tê-la?
Como decifrá-la?
Como escalar o pedestal?
Essa resposta não existe.
Ela é de gelo,
mas não derrete.
Ela é tudo.
Ela é uma ice girl.

15 de abril de 2006

Preciso fazer algumas alterações por aqui. Sei que ando deixando o meu blog às moscas. Não gosto de promessas então não vou fazê-las, porém tenho novidades, pequenas mais tenho... Voltarei a postar com mais freqüência, estou pensando em um template novo, tenho planos para um blog (comunitário) novo... hã... O que mais? Acho que tem mais alguma coisa, só que eu não lembrando... Vamos ao post...

Sufoco na tentativa de ser outra,
quero mudar-me do avesso,
pendurar-me pelos ombros,
quero cortar a minha pele
com o espelho do meu sorriso
e fazer-te ver o que tenho dentro de mim,

Sufoco na tentativa de ser outra,
de que sou feita neste inferno escarlate que vês,
desse choro que te sai de dentro,
no terror que tens
quando os teus olhos entram nos meus
e vêem o que os meu alcançam.

Sufoco na tentativa de ser outra,
quando o teu corpo se esvai em dor
de perceberes que não é a mim que queres,
que não sou o sol
que queres na tua pele pálida,
que simplesmente não sou a textura desejada
na tua vida despejada de realidade,
nessa ilusão que te engole a rotina e te acorda de mim.

Sufoco na tentativa de ser outra,
mas os anos pesam-me
em tudo e por mais que tente
não me consigo moldar
aos teus desejos de mulher,
ao teu riso de menina,
ao teu corpo de ousadia.
Sufoco mas irei agüentar o amanhã.

10 de fevereiro de 2006

O céu dos meus sonhos

Tive alguns problemas por aqui. Acabei perdendo um post, mas voltarei a colocá-la no devido momento... Agora é um post sobre os sentimentos atuais...



Meu céu, com expressão patética,
azul e a faiscar, sem nexo,
em revérberos de luz,
é cosmos, frio e sem alma,
é mistério, é Monera
infinita e cabalística.

Quiçá ele foi fiado
na pedra eterna do Tempo
com musgos (ou com sílex?)
qual tapete de cetim,
pois cobre, sutilmente,
de beleza o firmamento,
com a rigidez implacável
de um mamute petrificado
por milênios e milênios sem fim.

Talvez contemple o hipocampo
do horizonte, a rastejar,
qual vileza serpente,
lá nos confins da razão.
Céu de ouro ou de prata?
Céu de musgo? Não!
Céu mistério: O céu do meu sonho!



Volto a postar na segunda... Obrigado!

Bom Fim De Semana...

3 de fevereiro de 2006

Última Carta...

____Algumas coisas pra falar hoje. Minhas férias estão nas últimas isso significa que os postes serão com menos freqüência mais não vos abandonarei (juro). Tenho muita coisa pra arrumar, tecnicamente meu ano começa agora, de volta a minha casa, meus amigos (os que sobraram deles), a faculdade (?), e algumas pequenas obrigações (?). “É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar, promessa que me fiz e que ainda não cumpri”.(Minha cara no momento).
____Alguns já devem ter percebido que venho mudando algumas coisas por aqui. Tem alguns blogs novos que valem à pena ser conferidos, tem alguns links novos (livros) que ainda estou organizando.
____Ao post do dia: Como diria o grande Álvaro Campos “Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas...”



_____Das canções que escrevo, quero que reste apenas o sentimento contido em cada nota. Não quero que se lembre do meu rosto, e sim da minha voz ecoando em nosso mundo nos dias em que estive bem.

_____Quero que se lembre o quanto profunda cheguei até você, e o quanto isso foi importante para mim.

_____Não me imagine sofrendo por não poder mais caminhar com você por esse horizonte, me imagine feliz, no meu mundo, andando em meio a um bosque perfumado por flores, morando em uma casa rústica e quente, e vivendo do que um dia me proporcionaram.

_____Não me veja nas coisas que vivem no chão, e sim em cada pássaro que voa livre no céu. Não se lembre do meu "não sei o que", e sim me veja renascer no olhar ingênuo de cada criança.

_____Não chorem por mim, pois eu posso não estar segurando tua mão nesse momento. Mas nunca te abandonarei.

Por hoje é só, volto a postar na terça-feira, ou pelo menos pretendo. Bom Fim de Semana pra todos!

1 de fevereiro de 2006

Palavras e Silêncio

"Todo o amor do mundo não foi suficiente porque o amor não serve de nada . Ficaram só os papeis e a tristeza ,ficou só a amargura e a cinza dos cigarros e da morte.Os domingos e as noites que passamos a fazer planos não foram suficientes e forma demasiados porque hoje são como sangue no teu rosto, são como lágrimas.Sei que nos amamos muito e um dia, quando já não te encontrar em cada instante, em cada hora ,não irei negar isso. Não irei negar isso nunca ,que te amei,nem mesmo quando estiver deitado, nu, sobre os lençóis de outra e ela me obrigar a dizer que a amo antes de a foder ."
José luís Peixoto



Por te amar, essa distância está me matando. Por não poder te amar, a notícia de sua volta me apavora...


Sei que peco
Quando na ansiedade da noite
Ainda te penso
Ainda espero algo de ti.

Caminho sabendo
Que nada mais posso fazer
Se em ti
Não me consegues ver.

Porque se resume
Tudo a isto:
Dou-te as mãos entreabertas
E foges-me pela calada
Quando penso encontrar-te
Escondes-te sem deixar rasto.

Não possuo o mapa
Para te seguir
E é o melhor.

As respostas encontram-se
No silêncio
E tu não me soubeste dar
Mais do que isso...

30 de janeiro de 2006

Apeteces-me


Apeteces-me,
Mesmo que
seja tarde de mais,
Quero-te aqui.
Com a nudez jogada no chão,
Com o
teu corpo cheio de palavras escritas
Pela minha boca,
Pelas minhas mãos,
Pela dança vertiginosa
Inquieta dos meus dedos.

Dizes-me,
Em
sons que não devias estar aqui
Mas estás.
Sempre estiveste,
Ao mesmo
tempo em que sempre fugiste.

Dizes-me,
Que é errado o orgasmo
nascido entre os nossos corpos.
Chamas-lhe:
Traição,
Reatamento
Solidão.
Eu apenas lhe dou um nome:
Conseqüência,
Dos que nos
pedem os corpos do que queremos nós.

Dizes que tens de ir embora.
Dizes que tens outros braços à tua espera.
Deixo-te ir,
Como sempre
o fiz.
Sabendo que voltará à procura do meu odor,
Do meu sorriso,
Dos meus caracóis deitados em teus seios
Do meu desejo no teu ventre.

Apeteces-me
Não como vício,
Não como ódio.
Como
realidade.

26 de janeiro de 2006

Traga-me

Depois de muita enrola o endereço novo.
Isso seria chamado de ócio criativo? Não ficou de todo ruim, mas não gostei desse final. Já fui melhor do que isso. É só uma fase ruim...



Traga-me
Num raio de luz toda a embriaguez
Do conforto utópico Causado pela sociedade
Que sofre em silêncio
Calados pelas leis das ruas
E pelos corpos sem espírito que caminham entre nós.

Leve-me
Ao jardim mais vazio
Onde a orquestra da natureza parou de soar
Onde os lírios Permanecem calados
Beijados pelos luz da lua
E tranqüilizados pelo cheiro adocicado que entorpece a mente.

Sangra-me
Numa doença sem cura,
Criada por um coração amargo
E pela tristeza no olhar dos que caminham sem destino
Buscando num mundo metafórico alguma razão.

Adormeça-me
Perdido num buraco escuro
Para que meus cerrados não vejam as folhas caírem
E não percebam que os raios de luz
Vistos ao longe são apenas ilusão.