18 de maio de 2011


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♪♫Oxygen - Colbie Caillat♪♫



Foto: esperando a chegada do verão




“Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me há de trair” (João 13:21)


e assim foi...




             Comecei a me perguntar de onde vem essa mania culturalística e estúpida de por sentimento em tudo... Logo comecei a cantarolar Andréa Martins, e conclui mentalmente: “a gente inventa amor e dor em tudo que nos satisfaz”. Então passei achar necessário explicar para mim o porquê do meu estado emocional atual.


             Resultado? Deu merda!


             Nunca fui dada a essas amizades incestuosas, cheias de irmandades, pegações, amores recalcados... Sempre respeitei esse terreno das ternuras de amigo como algo sagrado e intocável (até agora).

             Não sou uma pessoa sexual, nunca fui! Porém tenho me fechado mais do que de costume para todo esse mundo e seus estrogênios e progesteronas saltitantes. Ando apática e sem empenho, assumo. Todas as formas de contato físico com seres humanos foram deixadas de lado, incluindo todos os meus casos rasos e insolúveis.

             Aí começa um problema. Sabe aquelas casos raros de alguém que está na sua vida há algum tempo e simplesmente se instala uma tensão (talvez sexual) por um motivo inexplicado? Pois bem, aconteceu e não sei explicar o que significa, mas sei muito bem o que não pode significar.


             Constatação inicial: tem um bom tempo que não faço um bom sexo.


             Sempre fui dada a essas paixões descontroladas e sem o menor sentido ou pretensão de ser. Hoje, observar e pensar “não quero isso”, deveria fazer com que me levantasse e não queresse mesmo. Pensamentos adolescentes não poderiam me convir, mas maturidade definitivamente não me cái bem.


             Constatação secundária: não tenho sentido falta das paixões devastadorar e dos meus amores platônicos. O que pesa um pouco sobre os ombros nos últimos dias é observar a vida tomando seu rumo sem que eu tenha controle do que vem acontecendo. Sempre fui menina mimada, birrenta e mal acostumada.


             Sinto que estou perdendo uma parte importante da minha vida... Lembro que nunca me importei muito em perder grandes amores (voltando ao “dilema inicial”), mas não sabia ainda qual era a sensação de perder grandes amigos; e posso dizer: lunatiza muito mais do que eu poderia supor com todas as minhas filosofias vãs...


             Constatação final: o sentimento de perder ‘um grande amigo’ traz a necessidade de repensar sobre todas as coisas que existem a sua volta e abala muitas das suas convicções.



             Hoje sei que posso explicar o motivo de gostar tanto de Meu Pé de Laranja Lima





"Foi você quem me ensinou a ternura da vida, meu Portuga querido. Hoje sou eu que tento distribuir as bolas e as figurinhas, porque a vida sem ternura não é lá grande coisa"
(O Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos)

Por Laila Braga 18:54

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17 de maio de 2011


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♪♫Down em Mim - Cazuza♪♫



Foto: mesa do trabalho



            E se entre todos os amores que não deram certo, esse também resolver falhar, vou seguir serena e calma. Possivelmente aprendi a sobreviver sem grandes emoções e amores tempestuosos... Nem tudo tente ao infinito e com o tempo, os vícios passam a ser controláveis e as afetações perdem o requinte de crueldade que a adolescência parece produzir.


            Não gosto de ficar pensando no que poderia ter sido, caso eu tivesse aprendido a fazer as coisas de um jeito diferente e mais sensato. Não gosto, mas os pensamentos ainda me fogem do controle de tudo que aprendi a controlar.


            Sei mais do que os que julgam saber o quanto eu perco por algumas atitudes (ou faltas delas) imbecis e improváveis. Outro comportamento do qual venho tentando ter controle: o de me culpar por tudo que eu faço e parece quebrar com a lógica que a situação pedia.


       Admitir-me fraca e vulnerável vem me tornando mais forte. Provavelmente não as vistas grossas dos que me cercam, por descobrirem que sou suscetível de ataques hormonais e afetada por emoções que todos os mortais são afetados.


            Talvez os anos tenham me deixado mais corajosa e fizeram com que algumas boas máscaras possam ir para em gavetas onde são guardados todos os objetos usados apenas em ocasiões especiais e grandes eventos sociais promovidos pela humanidade. Lembro-me que "O Louco" se despiu de todas. Ainda não me sinto preparada para tanto...


            No mais, venho tentando fazer na vida o que não é bem certo, mas que também não é errado. Alguns pequenos prazeres no meio de alguns desprazeres e me habituando a tudo que tem que ser. É, devo admitir isso também. Algumas coisas naturalmente têm que ser...





"Outra vez vou te esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer"
(Cazuza)

Por Laila Braga 21:45

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