27 de março de 2007


Talvez                                                       


Para os que ainda não ouviram, proc
urem ouvir "O Teatro Mágico", Como já deve ter dado pra perceber, encontro-me apaixonada por essa banda.


Talvez o jeito como eu esteja vendo as coisas lá de fora venham mudando. O jeito que eu venho vendo as pessoas é completamente novo. Pessoas são cheias de traumas e medos de que antigas frustrações voltem a acontecer. O mais pilhérico é que esses medos de frustrações só fazem frustrar. Tenho olhado dando para fora nos últimos tempos que não consigo olhar para dentro. Tenho lido coisas antigas como nunca às tinha feito.

Falando outro dia sobre o meu sentimentalismo, lembrei do meu saudoso herói musical dos anos 80. Ele dizia sobre o amor ser o ridículo (adoro essa palavra) da vida. É interessante a forma como as pessoas acreditam e desacreditam nessa ridícula e necessária parte da vida. Ainda há quem diga que o amor faz sofrer. O que verdadeiramente faz sofrer é a falta de amor ou a necessidade da certeza e da grandeza de amores alheios que se querem ter.
Como uma b
oa e velha romântica incontrolável, necessito urgente de uma nova paixão ou quiçá amor platônico. Detesto não ter com quem sonhar. Não gosto do fato de não ficar esperando aquela ligação que não acontece. Preciso voltar a tremer na base. Preciso urgentemente sentir cheiros que não estão. Vozes que não são. Sonhar com “eu te amos” perdidos entres suspiros de desejos. Venho saindo do meu estado “não sei” para cair em nostalgia... Mas de que adianta? Eu tenho uma nostalgia eterna de não sei o que.
Sonhos às vezes são tão intensos que se tornam partes da nossa realidade. Ah... Que saudade daqueles dias que nunca vivi... Saudoso tempo que não existiu...


"Os Deuses vendem quando dão.
Comprase a glória com desgraça.
Ai dos felizes, porque são
Só o que passa!"

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Por Laila Braga 13:53

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21 de março de 2007


Lá fora                                                       


Depois de ter abandonado esse lugar, estou de volta. Tive bons motivos para o sumiço, porém não convém explicar agora.


Estive a olhar o mundo lá fora

e ver como nada por lá se altera com facilidade.

É impressionante a capacidade que as pessoas têm de mudar

o tempo todo para as mesmas coisas que um dia foram.

Eu me pego imaginando:

Será que eu também mudo pra mesma coisa?

Como é fácil ficar de fora e olhar para os outros.

Com é assustador olhar pra gente

e perceber as coisas que são patéticas nos outros.

Medo de ser ridículo é tão... Tão... Ridículo.

Envolvo-me, eu e meus pensamentos por aqui...

Falta, falta, falta...

Clarice Lispector certa vez falara

sobre uma tal de terceira perna.

Acho que me sinto assim agora.

Sem a minha desnecessária terceira perna

que me dava um equilíbrio.

Manias que a gente tem de se apoiar em algo.

Eu não me encontro nostálgica,

nem triste,

nem feliz...

Entro-me em meu pior estado.

Estou completamente "não sei".

Dá-me arrepios isso.

Parece que eu estou aqui falando sozinha,

mas direcionando pra alguém...

Ah, como eu queria ter você de volta ao meu lado.

Não como antes.

Não como agora...Como alguma coisa que nunca foi...


"Sou boneca, sou palhaço, ponto de interrogação"

Por Laila Braga 16:58

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