23 de abril de 2007


Caber em mim                                                       





Só necessidade de repetir algumas coisas...

______Talvez eu não caiba em mim mesma. Uma explosão de sentidos, de vontades. Queria voar... Alcançar os mais altos céus! Muitas vezes o tempo me oprime, não queria que ele existisse, ou que sua relatividade, fosse realmente relativa.

______Muitas vezes desejo ser duas, mas acho que não adiantaria, porque dividir os sentimentos, também não ia ser bom. Às vezes não sei se sou grande em um mundo pequeno, ou pequena num mundo imenso, mas ainda não estou totalmente adequada a ele. Muita coisa me indigna. A perda da capacidade das pessoas de se indignar a banalização do anormal. A falta de respeito pela vida alheia. Tento fugir das verdades alienantes. Na realidade, de qualquer verdade... Se é que essa palavra exterioriza ela própria...

______O que é uma verdade?! Ou que for pra mim, não será para outro, então... Será verdade mesmo?! Respeito acima de tudo! Acredito no que está em mim, de dentro pra fora, no amor que sinto, por todos aqueles que amo, na minha vontade de mudar o mundo mesmo caminhando sozinha muitas vezes, no meu desejo de paz, pra mim, pra minhas relações e pra todos!

"Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."

Por Laila Braga 16:20

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16 de abril de 2007


Sufoco                                                       






Velhos com pequenas reformas. Sem comentários.

Um cheiro sufocante
Se elevava das ruas de cujo asfalto.
O calor fazia evaporar o que restava da chuva.
As ruas eram mais estreitas ai, na escuridão.

As velhas casas de inclinavam umas para as outras,
Como se quisessem encontrar um ponto de apoio.

As luzes se apagaram,
Deixando um cheiro podre no ar.
Ainda assim eu percebia vida e movimento nos recantos.
Era alguma coisa que eu sentia sem ver.

Comecei a andar pelo meio da rua,
Procurando devastar a escuridão com os olhos...

Era um dia estranho,
Como se tudo me incomodasse.

Todos os tipos de som se transformavam em barulho,
Não conseguia sentir a melodia.
No calor abafado uma simples brisa que batia,
Parecia trazer toda a podridão humana.

O verde e o amarelo vindo da natureza,
Tentavam fechar meus olhos à miséria em que vivo.

Já estava cansada de não acha graça alguma em coisa nenhuma.
Parei de pensar,
e comecei a sentir o céu cinza e sombrio que se formava.
Encontrei temores antigos de coisas novas.

Desisti,
E fui recolher minha mente ao esconderijo dos covardes.

Deitei e dormi...

"Deixa pra lá, o que não interessa, a gente não tem pressa de viver assim, feito platéia da nossa própria peça, histórias, prosas, rimas, sem começo e fim"

Por Laila Braga 01:48

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5 de abril de 2007


Eixos                                                       


Muitas provas a serem estudas, muitas coisas boas acontecendo, muitas coisas ruins pra rebater e a vida vai seguindo.



Quando os eixos parecem encontrar suas devidas coisas, as coisas simplesmente voltam a se quebram como se não existissem eixos certos para as coisas certas.

Mas o que seriam essas coisas? Sempre que se diz isso de certo ou errado eu me perco. Verdades absolutas, Certezas de sabão...

Perdi-me entre sussurros, mas preferia perder-me entre suspiros com os quais nunca consegui sonhar... Finda, finda, finda... Fenda de infinito... Traduções dos amores que ainda terei. Tolice mudar de amores.

E para não perder o meu velho costumo volto a dizer: Ridículo, ridículo e ridículo... Maus benzidos e bem ditos te amos... Droga que disparate, encerro-me aqui antes de falar mais asneira...



“O amor é o ridículo da vida,

a gente procura nele uma pureza impossível,

uma pureza que está sempre se pondo,

indo embora.”


Por Laila Braga 02:44

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