30 de maio de 2009


Visual novo, links novos e algumas outras mudanças por acontecer...




Indo assim:


____Enquanto o meu nobre amigo, Cazuza (e sempre citado), queria ter uma bomba, tenho vontade de ter uma nave espacial e tirar férias na lua longe de toda essa gente, essa bagunça e essas coisas com as quais sou obrigada a viver desde sempre. A menina que tem medo de ficar só, também traz no meio de suas amálgamas o desejo recorrente de solidão. Não aquela solidão dos poetas que cercado de outros se sentem solitários em suas míseras condições de existência, mas aquela solidão de verdadeiramente estar só.


____Às vezes sinto que estou narrando minha própria vida como em num filme póstumo, saudoso e triste. Estranhamente tenho notado o meu esforço atual para ser indesejável. É como se estivesse evitando ser uma coisa que nunca acreditei ser. Sinto que estou me transformando ou sendo transformada em uma coisa que ainda não sei o que é, mas que vem vindo em uma velocidade estrondosa. Sei que para fazer a vida andar pra frente, temos que deixar coisas pra trás e sei que comparar felicidade e estabilidade a um castelo de cartas é meio piegas, mas fazer o que? Quando parece que tenho tudo nas mãos, bate uma brisa leve e faz tudo desabar como se embaralhasse as cartas e abrisse abismos intermináveis e inexplicáveis.


____Vejo-me entrando em surto, em buraco escuro, em lugar onde já estive, porém, não sei bem onde é e nem o que fazer nele. Estou deveras confusa, irritada, arredia. Vou perdendo as pessoas que tenho ao meu lado e me sentindo feliz por isso. O que há de ruim então? Penso: “e quando a crise acabar? E quando quiser pessoas por perto? E quando sentir saudade?”. Não posso basear minha vida agora nesses “es", mas sem eles, vou construir novos (e piegas) castelinhos de cartas e esperar as próximas brisas bagunçarem tudo outra vez.


____Sinto saudades das minhas noites de Alice ao avesso em que eu podia entrar em um lugar, me transportar, me transformar, enlouquecer... Ver o mundo girar com mais força, usar o meu “veneno antimonotonia” e me sentir rainha até depois da meia noite, até o dia clarear, até os efeitos claros e químicos se acabarem. Tenho medo que minha vida comece a andar pra trás. Fico aqui tentando me controlar, tentando fazer de mim um cachorrinho treinado que sabe resistir a tudo. Acho que estou é tentando me transformar em algo menos humano, menos carnal, menos vivo e mais notável por carregar minhas “culpas estimação”. Minha ironia não é mais tão segura. Meu sarcasmo não esconde minhas máscaras... Sinto que estou definhando, acabando...



“Há uma responsabilidade diante de meus atos:
sou responsável pelo que faço, digo, decido...
Mas há também uma responsabilidade pela maneira como os faço:
sou responsável pelo modo como vivo, amo e sofro...” (Viktor Frankl)

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