19 de junho de 2009

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♪♫Cachorro Grande - O Certo E O Errado♪♫




O vento que clareia as pernas da linda morena

É a mesma luz que ventia seus cabelos opacos e sem brilho.

Um leve desfilar (de dedos)

Um bravo sussurrar (de medos)

Um insólito esquentar (de pelos).

Para além da cordilheira de todos os sonhos

É erguida a taça espirituosa da cobiça agora incontrolável.

Uma mão (que desliga)

Um Sorriso (que idealiza)

Um grito e um gemido (de quem não sofre).

Trava os dentes e produz cheiros... Sons... E outros conteúdos forasteiros.

Cá se foi o corredor sem volta...

Produziu? Agora é maré de introduzir

Despir sem deduzir e prevenir...

Porque se eu encarasse a sintonia de tudo que fui

E misturasse com os tons maiores de tudo que pretendo ser,

Chegaria de certo ao meu ápice,

Onde desfrutaria a louca infantaria da mais bela realidade inventada de Clarice

Ou dos loucos deuses que vagam pelos pensamentos sãos

De um povo insanamente sem esperanças.

A respiração que hora sai lenta e hora parece não saber.

O coração que hora para e hora parece correr...

Ter de cortar a carne...

Ter de ver o sangue...

Ter de sentir a dor...

Isso faz de mim apenas mero mortal.

Quiçá não precise mais de pequenas mortes diárias para me sentir-me viva.


"Eu o confessarei, que nos vossos os meus olhos observavam
Encantos que em todos os outros não encontravam." (Diderot)

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