
♪♫Cachorro Grande - O Certo E O Errado♪♫
O vento que clareia as pernas da linda morena
É a mesma luz que ventia seus cabelos opacos e sem brilho.
Um leve desfilar (de dedos)
Um bravo sussurrar (de medos)
Um insólito esquentar (de pelos).
Para além da cordilheira de todos os sonhos
É erguida a taça espirituosa da cobiça agora incontrolável.
Uma mão (que desliga)
Um Sorriso (que idealiza)
Um grito e um gemido (de quem não sofre).
Trava os dentes e produz cheiros... Sons... E outros conteúdos forasteiros.
Cá se foi o corredor sem volta...
Produziu? Agora é maré de introduzir
Despir sem deduzir e prevenir...
Porque se eu encarasse a sintonia de tudo que fui
E misturasse com os tons maiores de tudo que pretendo ser,
Chegaria de certo ao meu ápice,
Onde desfrutaria a louca infantaria da mais bela realidade inventada de Clarice
Ou dos loucos deuses que vagam pelos pensamentos sãos
De um povo insanamente sem esperanças.
A respiração que hora sai lenta e hora parece não saber.
O coração que hora para e hora parece correr...
Ter de cortar a carne...
Ter de ver o sangue...
Ter de sentir a dor...
Isso faz de mim apenas mero mortal.
Quiçá não precise mais de pequenas mortes diárias para me sentir-me viva.
Encantos que em todos os outros não encontravam." (Diderot)